Mais uma foto histórica está circulando pelas redes sociais e resgata um importante momento da história da cidade de Marcelino Ramos. O morador de Flores da Cunha (RS), Floriano Molon, postou em seu perfil no facebook, três fotos do início da década de 60. Numa das fotos, dois soldados do Batalhão Ferroviário de Vacaria, em momento de descontração, que foram designados para derrubar a ponte, caso forças do centro do país ameaçassem invadir o RS. Este episódio reuniu centenas de militares que passaram dias acampados nas imediações da ponte. No início deste ano o Portal de Marcelino entrevistou um soldado do exército que participou da missão. (Clique aqui para ver a reportagem).
Um dos soldados que aparece na foto é irmão de Floriano Molon e faleceu em 1974. Acompanhe abaixo o relato do morador de Flores da Cunha que serve para contar um pouco mais desta história que é novidade principalmente para as gerações mais novas.
“DERRUBEM A PONTE DE MARCELINO RAMOS!Era o ano de 1961. Com a renúncia de Jânio Quadros da Presidência do Brasil, no sul e sudeste nasceria o movimento da Legalidade. Liderado pelo Governador gaúcho Leonel Brizola foi no sentido de dar posse ao vice-presidente João Goulart (cunhado), que estava retornando de uma viagem à China. O general José Machado Lopes, do 3º Exército deu apoio. Outros setores da sociedade – notadamente os militares – defendiam um rompimento na ordem jurídica, com o impedimento da posse do vice-presidente e a convocação de novas eleições. No mesmo ano, soldados do 3º Batalhão Ferroviário de Vacaria, foram deslocados no sentido de proteger a ponte ferroviária de Marcelino Ramos. Era a única ligação com o sul do Brasil. A ordem era DERRUBAR A PONTE DE FERRO, se forças vindas do centro do País tentassem se deslocar para o Rio Grande do Sul. Entre os enviados, estava meu irmão, Danilo Antônio Molon (com violão) e o conterrâneo Dorvalino Bernardi (com gaita). Ficaram várias semanas em Marcelino Ramos, de plantão, em época de escassas comunicações, aguardando ordens sobre o destino da ponte. Felizmente ouve acordos que permitiram a posse de João Goulart e a belíssima obra foi preservada. Há dois anos passei de carro sobre a histórica construção, que evoca muitas emoções.
Danilo veio a falecer em 1974, em acidente rodoviário, tendo o fato da prontidão na ponte, marcado profundamente o seu serviço militar obrigatório.
Marcelino Ramos continua bela, recordo o centro, o Santuário de Nossa Senhora da Salete e o Balneário de Águas Termais.” diz ele.
Foto: Floriano Molon
O SOFRIMENTO COM MAUS POLITICOS NAO E DE HJ, BRIZOLA E UM DELES, FELIZMENTE JA FOI.
Tenho lembranças da enchente e destes episódios referente a desmanchar a ponte caso o comunismo chegasse no Rio Grande do Sul.No seminário a gente rezava,de manhã,de tarde e de noite.Graças a DEUS,o comunismo nesta época não chegou,a ponte ficou onde estava,e muitos de nós ainda estamos vivos,já que colegas,amigos e familiares já partiram. Foi um tempo muito bom,hoje são lembranças!
JOSÉ IVANOR DAL PIZZOL……PASSO FUNDO -RS.
Eu era criança , mas lembro das tropas do Exercito guarnecendo a Ponte Ferrea de Marc.Ramos-RS,
Na mesma data havia soldados guarnecendo na Ponte do Rio Ligeiro e o Passo do Rio Pelotas na Linha São Francisco…Porque ???não sei???
Morei em Marcelino Ramos onde meu pai Manoel de Lima Proença veio a falecer em uma morte trágica tentando salvar a vida de um amigo e caíram no estreito no rio Uruguai, muito subi nesta ponte com ele e com meus irmãos.
Que foto linda isso é uma riqueza, parabéns.