O internauta Ronie Lopes, marcelinense que atualmente está residindo no Rio Grande do Norte e leitor do Portal de Marcelino, ejetou do fundo do baú um item considerado uma raridade nos dias atuais. A postagem de uma foto de uma Fita Cassete no facebook, de autoria de Wilson Rossoni, deu um play e rebobinou lembranças de um passado não muito distante onde ela fazia muito sucesso. TDK, BASF, cromada, ferro, 60 ou 45 minutos são termos que eram muito usados por uma geração embalada pelo mundo analógico onde os gravadores ou toca-fitas dominavam a juventude. Uma época, desconhecida para os mais jovens, onde uma simples caneta era a solução técnica e rápida para resolver o problema de uma fita enroscada.
A postagem mostra uma fita gravada pela antiga loja Phanter Som de propriedade do radialista Ilton Piram que fez questão de relembrar a época. “As fitinhas que me garantiam o pão de cada dia. A Panther Som inaugurei em 1981, junto a Rádio Salete, com uma dúzia de discos e um aparelho de som 3/1 da Philips. Tinha 17 anos de idade” recordou o radialista. A febre musical eram as seleções gravadas. “Muitas vezes levava uma anotação com várias musicas para gravar numa fita cassete. O Ilton levava 2 a 3 dias para entregar a encomenda” relembrou Delmar Luiz Ritter. Quem viveu o período das fitas cassete não esquece: colocar a fita no aparelho de som, apertar o botão do play e, na impossibilidade de “pular” de uma faixa para a outra, escutar um álbum por inteiro, sem edição, com o encarte em mãos. Hoje, extintas do mercado convencional, as fitas cassetes se tornaram itens de coleção.
História:
A produção em massa dos cassetes compactos começou em 1964, na Alemanha. Os primeiros com músicas pré-gravadas foram lançados na Inglaterra, em 1965. Nos Estados Unidos, em 1966, teve uma oferta inicial de 49 títulos, lançados pela Mercury Record Company. A primeira gravação musical nessas pequenas caixas plásticas foi na Inglaterra, em 1978, pela banda The Tights, e continha um único hit: “Howard Hughes”. Mas foi na década de 80 que seu uso foi de fato consolidado, afinal, qualquer banda independente que se prezasse deveria ter um demo gravadO em uma fita K7 para levar as gravadoras e jornalistas. Entre a década de 70 e 90 o cassete era um dos formatos mais comuns para gravação, junto aos LP’s e posteriormente aos CD’s.
Nossa que legal esta matéria, lendo ela parece que eu voltei no tempo e estava escutando minhas seleções do AABA, Creedence e por ai vai. Muito legal reviver.