Um avicultor de linha São Caetano, uma das principais comunidades do interior de Marcelino Ramos, foi surpreendido neste domingo (12) há menos de uma semana para entregar mais um lote de frangos para a Aurora. Depois de dois meses de muito trabalho, madrugadas em clara e de preocupações com aspectos relacionados ao manejo, o agricultor Gelson Lazzarin acabou sendo mais uma vítima da RGE, vendo seu lucro desaparecer em razão de uma queda de energia elétrica.
O fornecimento de energia, que atingiu várias comunidades de Marcelino neste domingo, foi suspenso por volta das 13hs. Preocupado com o calor o avicultor realizou várias ligações para o 0800 da RGE. Do outro da linha a atendente informava que a empresa tinha prazo de 4hs para restabelecer a energia. Com 14 mil frangos confinados num aviário de 100 metros não restou outra alternativa para o produtor há não ser rezar pelo retorno da luz, já que os ventiladores e nebulizadores necessitam de energia para refrigerar o ambiente.
Por volta das 14hs começaram morrer os primeiros frangos e o desespero começo bater na família. Com uso de um trator Gerson Lazzarin conseguiu acionar o nebulizador, mas sem os ventiladores a água não era pulverizada para manter uma temperatura adequada. A família passou a tarde toda de domingo recolhendo frangos mortos pelo excesso de calor, inclusive contando com ajuda de vizinhos que vieram com tratores para auxiliar na tarefa de recolhimento. No total morreram perto de 7 mil frangos com peso médio de 3 quilos com prejuízo próximo de R$ 40 mil. Os frangos seriam entregues na sexta-feira dia 17. “A gente colocava a mão no peito deles sentia um calor de queimar, eu acredito que dentro do aviário tava mais de 40 graus” relatou o agricultor.
A equipe de reportagem do Portal de Marcelino foi acionado e esteve na propriedade do agricultor por volta das 22hs. Nesta segunda-feira um técnico da empresa Aurora vai se deslocar até a propriedade para fazer o laudo e os encaminhamentos. Parte dos prejuízos caberá ao avicultor que às vésperas de entregar o lote foi surpreendido pela falta de energia. Este tipo de problema é comum em Marcelino Ramos. Que esta tragédia na agricultura ascenda a luz para as autoridades quanto a investimentos que possam melhorar a qualidade de energia, principalmente aos agricultores que seguem contabilizando prejuízos. Aguardamos respostas para a indagação: Até quando?
