A comunidade de Marcelino Ramos foi surpreendida nesta segunda-feira (10) com a morte de Carlos Henrique Lazzarin, 47 anos, encontrado sem vida em Blumenau. O corpo foi localizado por colegas de trabalho dentro de um banheiro no prédio da Justiça Federal que fica na região central da cidade. A Polícia Civil descarta a hipótese de latrocínio (matar para roubar) ou homicídio e trabalha com caso de suicídio em razão das circunstâncias em que aconteceram os fatos.
Durante entrevista concedida ao Portal de Marcelino o delegado Fábio Osório, responsável pela Divisão de Investigações Criminais (DIC) em Blumenau, falou o ocorrido. De acordo com ele um colega chegou ao trabalho no início da manhã de segunda-feira e estranhou o fato do banheiro estar fechado por dentro. Mesmo batendo na porta ninguém respondia. A Polícia foi acionada e foi até o local. A porta foi arrombada e o corpo encontrado caído com uma faca e uma carta ao lado. “Junto também nossa equipe encontrou pertences pessoais como dinheiro, celular” explicou ele afastando a princípio a hipótese de latrocínio.
Outro fato que afasta a hipótese é a carta encontrada onde Carlos Lazzarin manifesta interesse de transferir todos os seus bens a filha de 12 anos que mora com a ex-mulher em Brasília. “Os colegas reconheceram a letra dele numa carta que foi escrita de próprio punho” disse o delegado. Dr.Fábio Osório informou também que na carta existem senhas dos cartões de crédito e débito para que a mãe, que tem a guarda da criança, possa sacar os valores disponíveis em conta corrente. O marcelinense, nas linhas escritas, revelou estar exausto e desgostoso com alguns fatos, de acordo com o delegado justificando o ato.
A partir desta terça-feira (11) a polícia vai ouvir os ex-colegas com prazo de 30 dias para concluir a investigação. Carlos Henrique, morador da rua Independência, foi sepultado na manhã desta terça-feira em Marcelino Ramos.
Ouça entrevista com o delegado:
Lamento o ocorrido, nossas condolências a Família.
Todos estamos passiveis de um ato inesperado, só a(s) Pessoa(s) envolvida(s) no exato momento pode justificar o ato.