Uma expressão muito usada por políticos e lideranças durante execução de obras diz que o “Progresso tem seu preço”. A frase geralmente é usada para justificar os transtornos causados, abafando desta forma as reações e críticas, sendo que em determinadas situações ela se sustenta.
Já os marcelinenses sabem muito bem o que esta frase representa, pois pagaram caro por um fato ocorrido num passado não muito distante. Um dos principais cartões postais, que reunia condições amplas de ser um ponto turístico reconhecido nacionalmente, foi afogado literalmente pelas profundezas do lago da Usina de Itá. O Estreito Augusto César desapareceu quando do represamento do Rio Uruguai. Morreu antes mesmo de explodir como mais uma atração turística da cidade. Hoje só nos restam fotos e vídeos que resgatam as belezas do local.
Nas fotos que ilustram esta matéria, publicadas pelo Brigadiano aposentado Paulo Jost, o famoso e inesquecível Passo da Formiga. Duas rochas, uma em cada encosta, que se aproximavam e permitiam os turistas colocar um pé em cada Estado (RS/SC). Por baixo passavam milhões de litros de água numa parte mais estreita do canal que se afunilava. Uma imagem história gravada na memória de quem conheceu o Estreito Augusto César. As fotos foram feitas pelo então tenente Gessé da Rocha.
EDITORIAL
Se o “Progresso tem seu preço” talvez muitas pessoas, hoje, analisando a situação, não teriam coragem de pagar ou então negociariam este “preço” de forma diferente, menos prejudicial ao turismo e ao desenvolvimento regional. Fazendo uma analogia reflexiva, será que o Estado do Paraná, especificamente a prefeitura de Foz do Iguaçú, permitiria afundar as Cataratas para enchimento de um reservatório?
Em suas devidas e respeitosas proporções, nosso Estreito, tinha potencial para se transformar num importante parque ou algo do gênero, criando em seu entorno espaços para implantação de empresas turísticas nas mais diversas áreas como hoteleira e de alimentação. Acredito que na época agimos e pensamos com a dimensão, com o tamanho do “Passo da Formiga”. (Marcelo Santos)
Não conheceu o Estreito? Vídeo mostra como era o local. CLIQUE AQUI
Marcelo, eu era pequeno mas lembro de um episódio ocorrido ali no estreito. Uma moça dai, da família dos VECCHI, acho que ainda tem aquele prédio com o nome Vecchi, foram dar um passeio no estreito e ela quis fazer como esse cara da foto, um pé em cada lado, mas ela escorregou e caiu, mas naquela fração de segundo, seu namorado ou noivo a segurou pelos cabelos (tinha os cabelos grandes), assim foi salva pelos cabelos, nunca me esqueci disso. Isso é verdadeiro. Imagine cair naquela correnteza seria o fim.