Uma imagem espetacular foi registrada no final da tarde desta quinta-feira (05) em Marcelino Ramos por Gilnei Cazakevicius. O marcelinense fotografou a passagem de dois Jatos no crepúsculo do Alto Uruguai, horário que marca a passagem da claridade do dia para a noite. A paisagem proporcionada pelo jogo de luzes, com ênfase para o típico alaranjado, ganhou um ingrediente todo especial. Os Jatos deixaram rastros de condensação que foram refletidos no Lago como se ele fosse um grande espelho. A beleza impressiona e é obra divina numa combinação perfeita entre a natureza (crepúsculo) e a tecnologia (Jatos).
Rastro de fumaça
O rastro de fumaça se forma porque um dos componentes de escapamento do motor a jato é a água. O vapor d´água que sai de suas turbinas congela na hora, transformando-se em cristais de gelo suspensos na atmosfera. Isso, porém, não acontece sob qualquer circunstância. O ar precisa estar a uma temperatura de pelo menos 35ºC negativos, ou seja: o avião tem que voar a pelo menos 10 quilômetros de altura, se estiver nas regiões equatorial ou temperada, ou a 5 quilômetros, nas de clima mais frio. Além disso, a umidade relativa do ar deve estar em torno de 65%. Sem falar que a trilha só é visível se o céu estiver limpo, com poucas nuvens. Se, além das circunstâncias favoráveis, já houverem cristais de gelo suspensos na atmosfera, eles se juntam ao rastro da aeronave. Assim, a trilha pode crescer e ficar no ar por várias horas.
Parabéns pela matéria, sinto sempre que tem muito amor envolvido.
Jornalista marcelinense, escrevendo sobre Marcelino, não tem como disfarçar! Esta terra faz parte da minha vida.