Os candidatos a prefeito de Marcelino Ramos podem reforçar suas propostas voltadas a geração de emprego, usando da criatividade e da competência para sugerir leis de incentivo a instalação de novas empresas. Isto porque mais cinco trabalhadores do município, que eram funcionários da empresa COMIL ÔNIBUS de Erechim, estão retornando de Erechim nesta quinta-feira (01) com a notícia de que foram demitidos. A empresa está passando por dificuldades e iniciou o mês de setembro promovendo uma série de demissões.
Os marcelinenses participaram de uma reunião no início da manhã onde foram comunicados da decisão da fábrica. Uma notícia desagradável para estes trabalhadores que nos últimos dias viveram uma grande agonia em razão da série de boatos que acabaram se confirmando. Eles voltam para Marcelino e entram na fila do desemprego e na via sacra em busca de uma nova colocação no mercado de trabalho regional. Trabalhadores de Gaurama e de Viadutos também entraram neste mesmo pacote de demissões que envolve cerca de 850 funcionários.
Leia abaixo o comunicado oficial da empresa.
Comunicado
A Comil Ônibus informa que, a partir de hoje, 1º de setembro, inicia o processo de adequação de sua estrutura e consequente redução do quadro de funcionários de modo a ajustar suas atividades à nova realidade de mercado. Tal medida é resultado da grave crise que o Brasil está enfrentando, com grande impacto no mercado de ônibus, que teve uma queda de mais de 60% nos últimos três anos. Outros fatores estão impactando de forma relevante as atividades: forte inflação de matéria prima; restrição de linhas de crédito para os clientes; a valorização do real frente ao dólar neste ano, impactando diretamente na competitividade dos produtos brasileiros no mercado externo. Somados a esta conjuntura econômica, há ainda os veículos do Programa “Crack é Possível Vencer”, equipados com alta tecnologia para o monitoramento avançado, que já foram entregues, mas o Governo Federal ainda discute o pagamento.
Desde que a crise se intensificou, a partir de 2014, a empresa adotou diversas medidas para se ajustar ao mercado buscando a manutenção do maior número de empregos: readequou sua estrutura, promoveu redução de custos, buscou eficiência na produção e na gestão, concentrou toda a produção na unidade de Erechim, internalizou a fabricação de peças e componentes e atualizou sua linha de produtos rodoviários. Infelizmente, estas ações não foram suficientes.
A empresa lamenta se somar a outras empresas que, diante deste cenário, também realizaram demissões, mas como não há condições de se manter o atual efetivo de pessoal, oficializou a reestruturação. Já na próxima semana, a empresa iniciará um trabalho de suporte na recolocação para todos aqueles que desejarem. Há mais de 30 anos no mercado, a Comil reforça seu compromisso com seus clientes, funcionários, fornecedores e parceiros também neste momento em que busca se reestruturar para enfrentar essa nova realidade. A Companhia, desde já, expressa o infinito agradecimento pela dedicação de seus colaboradores, e apoio da comunidade local.