O projeto “Estação Viva”, lançado pela Associação dos Amigos da Ferrovia de Marcelino, avança pela estrada de ferro que corta nossa região. A iniciativa do grupo de voluntários seguiu viagem neste mês de junho e um dos primeiros passageiros a “embarcar” neste importante projeto foi a empresa LEsorelle de Porto Alegre. Atuante nos setores industrial e de infraestrutura, a empresa LeSorelle Arquitetura, tornou-se uma das primeira a apoiar, através de aporte financeiro o Plano Emergencial de Recuperação da Estação Férrea de Marcelino Ramos.
O Escritório, sob gerência da arquiteta e urbanista e também Marcelinense, Susiane Isoton desenvolve Projetos de: Retrofit* e Recuperação de Áreas Urbanas, com Soluções Integradas de Arquitetura e Engenharia;
Projetos de Arquitetura para Estações de Embarque e Apoio às Redes de Transporte Rodoviário, Ferroviário, Fluvial-Marítimo e Aéreo; Estudos de Impacto Ambiental e Recuperação de Áreas Degradadas; Projetos de Mobilidade Urbana e Planejamento de Transportes; entre outros.
A arquiteta, que mesmo distante de Marcelino Ramos, está sempre atenta os fatos e acontecimentos de nossa cidade, concedeu entrevista falando sobre a importância do projeto de restauro da Estação.
AAFMR: Como Você vê a questão do Desenvolvimento de Projetos para a Estação, em Marcelino Ramos?
ARQ. SUSIANE: Acredito que o Primeiro Grande Passo para a elaboração dos Projetos já tenha sido dado, através da Criação da Associação Amigos da Ferrovia de Marcelino Ramos (AAFMR), o que demonstra que existe um Objetivo em comum de vários setores atuantes no Município. O Trabalho desta Associação é vital para fazer com que a Sociedade esteja próxima, apoiando não apenas o trabalho na estrutura física da Estação, mas Ações que possam fomentar a Valorização e o Desenvolvimento dos Cidadãos.
Concomitantemente a isto, as Parcerias Público-Privadas tem se mostrado como uma forma bastante eficiente de sanar lacunas existentes no Desenvolvimento de Projetos, inclusive no Viés Social.
AAFMR: O Retrofit* é hoje uma tendência de Mercado?
ARQ. SUSIANE: Antes de mais nada, é preciso entender a diferença entre Retrofit e Restauro. Obras de Restauro visam primordialmente a Conservação de uma Estrutura Histórica, buscando perpetuar suas características na Íntegra. O Retrofit, por sua vez, acompanha este propósito de Conservação, porém o faz levando em conta aspectos relevantes para a Economia e Desenvolvimento das Cidades, Bairros, etc.
Retrofit é um termo que se usa nas Engenharias, para indicar a modernização de um Sistema/Espaço. Essa “modernização” se faz tanto em aspectos Físicos (modernização de um sistema de condicionamento de ar, instalação de elevadores em edificações onde não existiam) quanto na Proposição de Novas Utilizações para o Espaço (cito como exemplo o The Singular Patagônia, no Chile; antigo Frigorífico que passou por um Retrofit, transformando suas instalações em um Hotel-Boutique). Quando executando com a finalidade de uma Nova Utilização, o Retrofit visa requalificar a Edificação às necessidades da Sociedade Atual, sem que se percam seus Elementos Históricos e a Memória Local. Nos Grandes Centros, como São Paulo, Nova York e Londres é uma prática muito comum; onde a “Revitalização” acontece em grande escala (abrangendo Bairros inteiros) restituindo valor à áreas degradadas. No Brasil, enfrentamos alguns entraves, como a falta de Legislação Específica, escassez de Recursos Tecnológicos e a falta da Familiaridade dos Profissionais com o Tema. Contudo, cidades como Curitiba – PR, Belo Horizonte – ES e Camboriú – SC já contam com obras Implementadas com Sucesso. O Importante é que se Estabeleçam parcerias para a Troca de Informações e Experiências com Profissionais da Área, buscando a transmissão das Melhores Práticas em Retrofit.
AAFMR: Como são Desenvolvidos os Projetos pela LeSorelle Arquitetura?
ARQ. SUSIANE: Para cada Área de Atuação, temos uma Unidade Estratégica de Negócios, com Corpo Técnico Especializado e Reconhecimento no Mercado. Cada novo Trabalho é estudado de forma a oferecer ao Cliente não apenas um Projeto, mas uma Estratégia que o permita atingir o Resultado Esperado. Trabalhamos de forma Integrada, ou seja, as diversas áreas atuam em Conjunto, com foco na Estratégia Estabelecida e as Equipes são Disponibilizadas por Projeto, desenvolvendo-os de acordo com as Normas e Metodologias de Cada Cliente.
AAFMR: Quais são os itens que a Empresa considera relevante para Projetos Futuros na Estação Ferroviária?
ARQ. SUSIANE: Em todos os Projetos que elaboramos, sem exceção, aspectos referentes à Sustentabilidade, Tecnologia & Inovação, Apoio à Sociedade, Preservação da História Local e Valorização de nossos Colaboradores são premissas das quais não abrimos mão.
Mais do que possível, é essencial que esta postura seja mantida como uma prática no dia à dia de nossos Escritórios. Tenho convicção de que estas práticas serão benéficas e, quem sabe, norteadoras nos Projetos que seguirão para a Estação Férrea de nosso Município.
AAFMR: Como a LeSorelle busca a fidelização de seus Consumidores?
ARQ. SUSIANE: O que sempre busco quando gerencio uma Equipe é fazer com que todos estejam alinhados com a Estratégia do Cliente. Além disso, alinhar as Estratégias de uma Empresa (Pública ou Privada) ao que Ela pode representar para sua Comunidade faz com que a Marca seja reconhecida e estabeleça uma Relação de Mútuo Valor. Todos ganham! Procuro também manter a LeSorelle atualizada em relação ao que é Produzido dentro das Melhores Práticas, Expertise e Tecnologia de Mercado.
Entre o final do Ano de 2016 e início de 2017 obtivemos duas grandes conquistas:Consolidamos uma importante parceria com um Escritório de atuação Internacional nas Áreas de Retrofit e Reconversão Urbana.E tive a oportunidade de fazer parte de pesquisa de Campo na Área de Tecnologia e Mobilidade Urbana na Cidade-Estado de Singapura, na Ásia.Estas pesquisas de campo, capacitações e parcerias são sempre revertidas, através da entrega de Projetos Estratégicos, aos Nossos Parceiros.
AAFMR: Qual a sua Visão sobre a Rede de Transporte Ferroviário?
ARQ. SUSIANE: Se falarmos em números, tanto em âmbito Nacional quanto Regional, a condição não é animadora. Sabemos que houve, por muitas décadas, um grande investimento na malha Rodoviária em detrimento à Ferroviária.Contudo, ainda que lentamente e com muitos entraves, Governo e Iniciativa Privada, motivados pela otimização no escoamento da produção de alimentos e bens de consumo, demonstram interesse na Reativação de Linhas Existentes e Criação de Novas Malhas (como a Ferrovia Bioceânica, que ligará o Brasil ao Pacífico e a Ferrovia Norte-Sul, que cruzará o País de Belém-PA a Rio Grande-RS).No que se refere, principalmente ao Nosso Município, a linha é operada basicamente para o Transporte de Passageiros (com fins Turísticos, hoje ligando Marcelino Ramos a Piratuba).Acredito que a Promoção de Melhorias nas Estruturas da Estação Ferroviária, assim como na Linha em si promoverá a Integração da Região como um Pólo ainda Maior para o Turista, consequentemente atraindo um número maior de Pessoas e promovendo melhor atendimento a todos.Tendo como exemplo Grandes Cidades da Europa ou mesmo Pequenos Municípios do Brasil, é fato que o transporte de cargas e passageiros através do Modal Ferroviário oferece uma série de Vantagens como: Economia, Elevada Capacidade de Carga, Redução do Impacto Ambiental, Segurança, etc.A utilização Interligada e Otimizada entre Ferrovias e Rodovias, ou mesmo através de Zonas de Transferência Multimodal são sem dúvida uma Aposta para o Desenvolvimento de Transportes no Brasil.
A LeSorelle apoia, contribui e dissemina ações de desenvolvimento consciente, que tragam benefícios aos investidores e à sociedade. Conheça mais sobre os projetos de seu município, apoie, você será o grande beneficiado!!
A campanha de captação de recursos está em andamento e visa arrecadar valores para aplicação direta na Estação Ferroviária de Marcelino Ramos. Empresas ou pessoas físicas podem doar qualquer valor.
Contas da Associação Amigos da Ferrovia para depósito:
Banrisul: Agência 0730 Conta Corrente:410559950-1
Sicredi: Agência 0217 Conta corrente 43156-0
CNPJ: 16.8987890001-80
Pessoas autorizadas a receberem valores: Jonas Keber, Kátia Kérber, Cissa Detoffol Bez Luchini, Atilla Finger, Marcelo Santos, Irineu Isoton, Lourdes Isoton, Andrigo Mileski e Rodrigo Vechi.