Os professores e funcionários do Instituto Estadual de Educação Marcelino Ramos (IEEMAR) aderiram ao Dia Nacional de Lutas, que mobiliza inúmeras classes trabalhadoras em todo Brasil nesta quinta-feira (11). Os servidores cruzaram os braços e se reuniram pela manhã nas dependências da escola para debater sobre questões pertinentes à Educação. Após o debate foi formalizado um documento onde os professores de Marcelino Ramos definiram uma pauta de reivindicação que eles consideram como prioridades. O documento está sendo tornado público a comunidade através dos órgãos de imprensa e será também encaminhado ao Governo do Estado. Por conta da paralisação as aulas foram suspensas nesta quinta-feira. O Portal de Marcelino recebeu uma nota em que os professores falam sobre os itens que constam na pauta. Confira:
“A partir deste debate, elencamos os seguintes itens que julgamos serem prioridades:
É URGENTE o RECONHECIMENTO E A VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO, funcionários e professores, que, ao longo das últimas décadas, vêm sofrendo perdas significativas nos seus direitos.
Este reconhecimento e valorização se farão somente através das seguintes ações:
a) Respeitar e cumprir os Planos de Carreiras (como: agilizar as promoções atrasadas desde 2001, respeitar a carga horária máxima e a formação específica de cada professor, etc);
b) Rever a Lei do Vale Refeição;
c) Consultar previamente e preparar os profissionais de Educação e demais agentes envolvidos, sempre que houver novos projetos, como por exemplo: Ensino Médio Politécnico, Escola Aberta, etc.
Entendemos que a Escola deveria ser um espaço de formação, mas, na verdade, tornou-se um ambiente onde os profissionais da Educação assumiram responsabilidades que não seriam de sua competência, que até então eram atribuídas às famílias. Isso faz com que nos sintamos sobrecarregados, cansados, desmotivados e desvalorizados. Em função disso, sentimos a necessidade de podermos contar, nas escolas, com Psicólogos para atender professores e alunos.
Historicamente, em nosso município, nunca houve tamanha falta de professores como neste ano. Este fato já era previsto pelo Sindicato da nossa categoria há muitos anos, devido à desvalorização que a carreira vem sofrendo, não só na questão salarial, como também pelo desgaste psicológico que os professores sofrem no seu cotidiano.
Faz-se necessário o cumprimento do Piso Salarial Nacional e a reavaliação da carreira do profissional de Educação para que, a curto prazo, ela volte a ser atrativa, para que os professores não entrem em EXTINÇÃO.
Professores e funcionários do IEEMAR