No final de semana agitado em Marcelino Ramos em se tratando de cobertura jornalística, em razão das chuvas e da procissão luminosa, a equipe de reportagem do Portal de Marcelino se deparou com uma Surucuá. Entre os vários deslocamentos pela cidade, tivemos o privilégio de registrar em imagens a ave exótica descansando num cabo de alta tensão da RGE na rua José Bonifácio. Trata-se de uma espécie que habita principalmente o Mato Grosso, Goiás e o Rio Grande do Sul.
Extravagante em razão da barriga avermelhada, ela tem por costume passar longos períodos de descanso em um poleiro. O canto pode ser ouvido durante todo o dia e chama atenção. Esta é uma das espécies já catalogadas no Parque Natural Teixeira Soares. A probabilidade de encontrar uma Surucuá durante uma caminhada pelas trilhas do Parque é grande, pois trata-se de uma ave que não se incomoda muito com a presença de humanos.
O surucuá-variado (Trogon surrucura) é uma ave trogoniforme da família Trogonidae.
Nome Científico=Seu nome científico significa: do (grego) trôgón, trogo = devorar, roer, para roer ou para ser roído a forma como a ave se alimenta; e do (guarani) surrucura = nome indígena para a ave. Ave devoradora surrucura.
Também conhecido como surucuá-de-peito-azul, perua-choca, pata-choca (MG) e peito-de-moça.
Características=Mede entre 26 e 28 gramas e pesa entre 70 e 78 gramas. É um pássaro quieto que passa longos períodos de descanso em um poleiro, e seu canto pode ser ouvido durante todo o dia.
A variedade nominal Trogon surrucura surrucura apresenta a cabeça, pescoço e peito na coloração azul escuro metálico e as bochechas e garganta na cor preta. Apresenta os olhos na cor marrom escuro com um anel periocular na cor laranja intenso. O bico é curto e robusto, na cor marfim manchado com tons cinza esverdeados. A mandíbula inferior apresenta coloração preta na porção central. A mandíbula superior termina em um pequeno gancho. O dorso é esverdeado e se torna turquesa quanto mais próximo da cauda. Sobre as asas, as coberteiras secundárias são verde esmeralda com reflexos dourados, as rêmiges são cinza escuro, ligeiramente marcados com um barrado branco. A parte ventral e o crisso são vermelhos. A cauda é longa e escura, apresentando os tons azulados presentes no dorso e uropígio e também uma barra preta na extremidade final. A parte inferior da longa cauda apresenta penas retrizes brancas com duas marcas enegrecidas em sua base, bastante visíveis quando a ave pousa. Os tarsos são curtos e como os pés, são acinzentadas. Possuem dedos bastante específicos que lhe permitem agarrar firmemente os ramos em que ficam empoleirados. Os dois primeiros dedos são orientados para trás e os outros dois para a frente.
A variedade Trogon surrucura aurantius difere da variedade nominal pois dentre outras características apresenta o ventre amarelo e o anel periocular do macho na cor amarelo alaranjado.
A fêmea da espécie apresenta o anel perioftálmico é branco. A plumagem da fêmea é cinza opaco com pequenas barras pretas nas asas. O ventre e crisso é vermelho rosado (variedade surrucura) e para a variedade auratius é amarelo. A cauda é cinza, da mesma coloração do dorso, e apresentam na porção terminal uma barra preta. Abaixo da cauda cinza apresentando as bordas brancas.
Juvenis apresentam a plumagem semelhante a das fêmeas. Na transição para a fase adulta os juvenis machos apresentam a coloração azul esverdeada e preta do dorso, cabeça, garganta e peito insipiente e inconstante.
O Surucuá não é exótico, é nativo da região, mas como é um pássaro que prefere as florestas dificilmente é avistado em áreas limpas, por algum motivo, acredito ser devido à preservação de nossas matas, está belíssima espécie está com sua população em crescimento, sendo avistadas com maior facilidade.
Segue um link para pesquisa: http://www.wikiaves.com.br/surucua-variado