Um grande temporal na semana passada na região de Piratuba e Marcelino Ramos, deixou o um rastro de destruição que vai além dos danos materiais. Além das inundações e deslizamentos de terra, um dos principais ícones turísticos, o famoso Trem das Termas, está enfrentando uma interrupção significativa e histórica.
O trecho entre Marcelino Ramos e Piratuba, conhecido por suas paisagens deslumbrantes e atrações únicas, agora está silenciado devido a um colossal deslizamento de terra na rede ferroviária, próximo ao distrito de Uruguai. Os trilhos estão suspensos em dois trechos, com profundidade de 10 a 12 metros, desafiando as equipes de recuperação.
A Associação Brasileira de Preservação Ferroviária (ABPF), junto com o poder público e outras entidades, está empenhada em um trabalho exaustivo para restaurar a via danificada, mas a complexidade da obra impede a previsão de conclusão. A profundidade do deslizamento e a quantidade de material que precisa ser levado até o local tornam o processo ainda mais desafiador.
O impacto é sentido não apenas pelos entusiastas ferroviários, mas por toda a comunidade que depende do turismo local. Com o Trem das Termas fora de operação entre Piratuba e Marcelino Ramos, a temporada de viagens não será mais retomada este ano e com previsão de retorno somente em janeiro.
Durante este tempo a ABPF vai oferecer como passeio o Trem do Maratá entre Piratuba e Maratá num percurso de 20km ida e volta. Com isso, a icônica locomotiva não chegará mais a Marcelino Ramos neste ano.
Autoridades locais e o poder público estão realizando reuniões intensivas para definir estratégias de recuperação, enquanto a comunidade aguarda ansiosamente o retorno do trem que, por anos, foi sinônimo de passeios pitorescos e memórias inesquecíveis. O desafio é imenso, mas a determinação em restaurar não apenas trilhos, mas também esperanças, permanece forte.