Na edição anterior vimos que na Itália um pouco antes de 1900 havia alto crescimento da população, grande desemprego e poucas perspectivas para o futuro. Existia também por parte do governo brasileiro interesse na imigração dos italianos. Isso fez com que milhões de italianos viessem ao Brasil. Depois de decidirem imigrar, a próxima etapa era a viagem migratória. O primeiro desafio era chegar até o porto de embarque. No caso do Norte, era o porto de Gênova. Antes de partir, vendiam os poucos bens que possuíam. Uma vez dentro do navio, os imigrantes tinham que enfrentar uma viagem difícil, com duração entre 21-30 dias e quase sempre como passageiros de terceira classe.
Dalla Italia noi siamo partiti
Siamo partiti col nostro onore
Trentasei giorni di macchina e vapore,
e nella Merica noi siamo arriva’.
Merica, Merica, Merica,
cosa saràlo ‘sta Merica?
A música “Merica-Merica”, hino oficial da imigração italiana no Rio Grande do Sul é um misto de narrativa e de expectativa e marcou a viagem entre a Itália e o Brasil. Ao chegarem ao porto brasileiro, se encantavam com o verde intenso da natureza exuberante do país e estranhavam os homens e mulheres de pele escura que perambulavam pelo porto, os quais os italianos nunca tinham visto em seu país de origem. Com a família de Cosimo, Maria e Giuseppe Tobaldini não foi diferente. O registro na hospedaria dos imigrantes da cidade de São Paulo dá conta que ali chegaram em 25/01/1895 procedentes de Santos –SP. Sabe-se que residiram por algum tempo em São Paulo onde provavelmente nasceu o segundo filho, Alexandre. Após, se transferiram para o Rio Grande do Sul, incialmente para a Serra Gaúcha, na linha Capitão Villarim próximo a Alfredo Chaves (atual Veranópolis) e a Protásio Alves. Em mais uma mudança vieram fixar residência em Marcelino Ramos – RS. Acompanhe mensalmente aqui no portal de Marcelino Ramos a continuação da história da família Tobaldini.
O 1º Encontro da Família Tobaldini será realizado na cidade de Marcelino Ramos no dia 20 de agosto.
Boa tarde Marcelo, gostaria de saber se tens informação dos Floriani que ajudaram a fundar a cidade de Marcelino Ramos, achei interessante a imagem do livro que trata das linhas de colonização, com o nome das familias, tem floriani neste livro? Um abraço, Guilherme