Uma foto que está sendo compartilhada por usuários do facebook, publicada por Claiton Schuck, mostra com detalhes uma área do Estreito Augusto César em Marcelino Ramos. O Grand Canyon, que foi engolido literalmente pelas águas do lago da Usina de Itá em 2000, ficava localizado na divisa do RS com SC. O local, mesmo sem qualquer infraestrutura do lado gaúcho, atraia turistas de todas as partes do Brasil. Nos finais de semana e feriados era comum encontrar pessoas explorando as cavernas e caminhando pelas pedras numa grande harmonia com a natureza. Na foto é possível visualizar os grandes paredões de pedras com as inúmeras cascatas que se formavam ao logo do trecho. O grupo de pessoas aparece num ponto que ficava raso em épocas de estiagem.
Majestoso, temido e até misterioso em razão de algumas lendas, o Estreito tinha uma formação rochosa que se estendia por cerca de 8 quilômetros. O trecho era formado por muitas cavernas e por águas violentas que se espremiam para passar pelo leito. Pequenas cachoeiras foram lapidadas pelo atrito da água nas encostas rochosas no decorrer de milhares de anos.
No final de 1999, na época repórter de TV da Band Santa Catarina, tive o privilégio de produzir, em companhia do cinegrafista Humberto de Souza, uma reportagem especial sobre o Estreito Augusto César. Durante dois dias coletamos inúmeras imagens que foram geradas para a sede da emissora em São Paulo. As imagens abaixo, não editadas, são da época em que estivemos no local e servem como lembranças de um dos nossos principais pontos turísticos que hoje encontra-se submerso.
Assista o vídeo:
que saudades do nosso estreito,
Em nome do progresso, nossas belezas naturais estão aos poucos ficando nas lembranças e a inevitável saudade.
Assim como o Estreito Augusto Cesar, com a construção da Usina Hidrelétrica de Itá, também as Sete Quedas do Rio Iguaçu que nossa família costumava visitar(morávamos no Paraná) tbém desapareceram com a formação do lago da Usina de Itaipu.