18 de agosto de 1965! Há exatos 50 anos o município de Marcelino Ramos (RS) foi atingido por uma das maiores enchentes da história que deixou marcas que jamais serão apagadas da memória de quem testemunhou a fúria da natureza. Nesta terça-feira, dia 18, o Portal de Marcelino mergulha na história da cidade para resgatar das profundezas o dia em que o rio saiu do seu leito normal e devastou a vida principalmente dos moradores ribeirinhos. Um acontecimento que com certeza é desconhecido das gerações mais contemporâneas, mas que está inserido na história, mostrando o lado cruel da natureza.
Naquele mês fatídico (agosto) muitas pessoas testemunharam o imponente rio, que parecia distante e amigável, se transformar em um monstro de forma repentina, deixando um rastro de destruição jamais visto principalmente na Vila Trilho e na Várzea. Foram os dois locais mais atingidos por uma das maiores cheias já registradas no município. Cálculos da época apontam que mais de 100 casas foram levadas embora pelas correntezas, algumas inteiras com móveis, animais e objetos pessoais dos moradores. “Foi um terror, nossa casa foi amarrada com cabos de aço, mas mesmo assim vimos ela indo embora e fomos tirados as pressas porque o rio subia muito rápido” comentou Nalu, filha do servidor público Antônio Kuhn (falecido) que é era ex-funcionário da Corsan.
Outra testemunha que viu a tragédia de perto foi Ivone Ritter que tem gravado na memória uma cena triste. “Me lembro das casas descendo inteira pelo rio e numa delas tinha a gaiola com um papagaio em cima, do tio bastião, gritando socorro”. A balsa, principal ligação entre os dois estados, foi arrastada pelas correntezas por mais de 20 quilômetros. Ela foi encontrada na comunidade de Água Verde em Coronel Teixeira. A Ponte Ferroviária, apesar de todo volume de água, resistiu a cheia.
A enchente durou vários dias, deixando um clima de comoção muito grande na cidade. Se por um lado a comoção pela 1perda e a falta de esperança tomava conta das pessoas que assistiam suas casas partirem quase inteiras ou se desmancharem em meio a força das águas, a solidariedade nunca esteve tão presente, lembra as testemunhas da época. Mesmo quem estava distante do perigo, sujou os pés de lama e debaixo de chuva ajudou os “flagelados” (termo depreciativo utilizado para descrever as pessoas que perderam tudo com a enchente), a salvar alguma coisa.
Com o passar dos dias e com o rio voltando ao normal, a imagem da destruição foi ficando mais nítida. O vazio não ficou apenas nos terrenos que antes possuíam casas, mas na história de muitas famílias que tiveram que reconstruir suas vidas, desta vez bem distante do rio. E depois da enchente Marcelino foi atingido por uma grande nevasca que cobriu a cidade, mudando a paisagem com um grande manto branco.
Sabe algo sobre a enchente? Mande seu relato para marcelosantos@portaldemarcelino.com.br
Foto: Diza Davidonis
eu tinha entrado naquele ano no seminário, participamos da ação solidaria, jamais esquecerei.
Lembro bem dessa enchente, uma tristeza, as pessoas vendo suas casas sendo arrastadas pelo rio, e não podiam fazer nada, ficavam desesperadas. lembro também de um colono que tentou lacar um chiqueiro cheio de porcos, ele conseguiu lacar, mas quando comecou a puxar o chiqueiro se desmanchou. Faziam dois meses que meu pai havia falecido em um acidente de trem, eu lembro que minha mãe levou para nossa casa uma família que tinha perdido tudo, ficaram um tempo morando com nós. Esse foi um ano muito triste para nós, com certeza nunca vamos esquecer.
Aquele foi um ano de extremos da natureza. Cerca de um mês antes houve uma nevasca em Marcelino. Não causou estragos, pois não foi tão forte assim, mas minha mãe conta que meu pai fez um boneco de neve pra mim que era recém nascido.
Tinha 13 anos, na época. Lembro bem da chuva, da enchente e da neve. Da minha lembrança não sai a empresa Recrusul, totalmente tomada pela água e de onde saiam, boiando, câmaras frigoríficas de caminhões, indo rio abaixo. Casas, igualmente…. Na ponte, a água quase cobrindo os pilares. Só quem viu, avalia.
Neri Biavatti
Radialista – Panambi – RS
Eu esta lá ! lembro de dois fatos que costumo contar aos amigos : uma casa inteira descendo pelo rio, e no telhado o galo um grande vermelho andando de um lado para o outro. Cena muito emocionante ! a o utra cena aconteceu com uma senhora de idade e gorda,provavelmente adoentada e com a casa toda alaga não querendo sair da mesma.Então três o quatro elementos do exército carregaram a mesma a força,ela chorava dizendo que preferia morrer, foi muito marcante !
Eu tinha 4 anos e morava em Volta Grande, que pertencia na época a Concórdia – SC, o problema maior foi nos municípios banhados pelo Rio Pelotas e depois da junção com o Rio do Peixe, em Marcelino Ramos, pelo Rio Uruguai.
A Comparação do ocorrido é alguns metros a mais do que temos hoje com o Rio/Lago atual.
Lembro da Nevasca e dos dias Chuvosos, bem como dos Caminhões que desembarcavam dos Trens no quintal da minha Casa em Volta Grande, eles eram embarcados em Marcelino Ramos.
Jorge Stringhini
Osasco – SP.
boa tarde amigos Marcelinenses
Sou natural desta querida cidade porem do interir mais precisamente comunidade nossa senhora da saude ou melhor rio quinto.
que saudades desta terra onde nasci quero ver pelo menos muitos sucessos junto a vcs no quinto rancho amigo jacinto vou logo ali reservas me mande
NESTE ANO ESTAVA NO QUARTEL EM QUARAI RS, LA SE HOUVIA COMETARIOS DAS ENCHENTES POREM NAO SE TINHA NOÇÕES DO QUE ESTAVA ACONTECENDO, QUANDO DEI BAIXA DO QUARTEL PARA VIR PARA CASA DE TREM QUANDO CHEGAMOS EM ERECHIM VIAMOS OS PRIMEIROS ESTRAGOS DAS ENCHENTES E DAS NEVASCA.
CHOREI AO VER
MINHA MAE Tereza Schio Soletti (vó Pina) me aconcelhava na chegada de minha missão comprida de quartel na epoca quasi obrigatoria, me dizia filho aqui o que deu deu, vc tenque escolher uma profissão melhor, pois ficaremos aqui e vcs vao a diante, foi quando escolhi morar em Cocordia SC acolhidos por meus tios Schios, tive sucessos onde hoje agradeço a vcs tios queridos.
Moro em chapeco SC, construi minha familha e muito felizes vivemos aqui, mas eu sempre com saudades desta queda terra Marcelino Ramos
Eu estava lá em Volta Grande, tinha 5 anos e saímos de bote pelo segundo andar da casa de meu pai que era a Rodoviária na época e agência dos correios. Lembro como se fosse hoje, o frio, a neve, a água que subia e levávamos as coisas para o segundo andar, as nossas e as dos vizinhos e a água chegou lá, gente gritando, chorando e botes vindo nos socorrer, pela janela do segundo andar. Depois como crianças brincávamos na neve na casa da minha tia em cima do morro e nos aquecíamos em uma bacia de brazas.
Eu era uma criança (cinco anos), mas lembro como se fosse ontem.
Meus pais desesperados tentando salvar as coisas deles e de meus avós…todos correndo e a água subindo….eu abraçava minhas bonecas (fiquei traumatizada)…
Fomos para abrigo na estação ferroviária.
Era frio, neve…até morreu um senhor (ele bebia e acho morreu de frio, não lembro direito).
Com meus cinco anos…foi tão triste que nunca esqueci.
Morando na época em Marcelino Ramos, assistamos o grande volume de água descendo no barranco
existente, acredito que até hoje, perto do moinho, na época da Sadia, tinha 12 anos mas realmente
ficou marcado e lembrado como a maior enchente no saudoso rio Uruguai
Eu tinha 14 anos e morava em Concórdia-SC. Numa sexta feira fui ver a enchente perto de Volta Grande , o carro atolou, anoiteceu e eu não tinha avisado meus pais. Quase morri de medo…Quando voltei para casa implorei para minha mãe não contar ao meu pai( que achava TUDO perigoso). Fui dormir agradecida e no sábado, ao acordar, a cidade estava” branca de neve”, rsrsrs.No Colégio São José tivemos prova de frances. Sabe sobre o que foi a redação???? Bons tempos.
Boa tarde lembro como meus pais Fla muito dessa enchente só uma pergunta N seria 1966 essa enchent Pq c foi 65 Faria cmpletando 51 anos coreto ??
Porque a data de 18 de agosto se foi dia 24 de agosto.
Começou a chover dias 21,22,23,….24 enchente, 25 a neve. Ou estou errado ????.
Lembro
Muitas casas descendo
Minha avó e meus tios perderam tudo o que tinham
O local era Porto Lucas distrito de volta fechada
Meu pai e minha mãe acorreram muita gente
Eu tinhab8 anos
Foi neste ano que comecei tocar acordeon
Aquela enchente marvou