Esta semana o IBGE divulgou a estimativa populacional dos municípios brasileiros. Os números oficiais, que servem para definir uma série de parâmetros, principalmente com relação a repasses de recursos do Governo Federal, mostraram que Marcelino Ramos vem ano após ano perdendo população. Em apenas 1 ano perdemos 41 habitantes. Com objetivo de gerar debate em busca de políticas que possam reverter a situação, o Portal de Marcelino fez um levantamento amplo junto ao IBGE nos últimos 20 anos. Quantos éramos no início da década de 90 e quantos somos hoje no século 21.
Os números
Os dados, disponíveis a partir de 1992, mostram que naquele ano Marcelino Ramos tinha uma população de 7.003 habitantes. A partir de 1992 iniciou o decréscimo populacional como mostra o gráfico que ilustra esta reportagem. A maior redução ocorreu entre os anos de 1998 e 2001 onde perdemos quase 600 pessoas em cerca de 3 anos. Neste período analisado pelo Portal de Marcelino em apenas dois momentos se registrou aumento de população: entre 2006 e 2008 com 16 moradores à mais e entre 2012 e 2013 com acréscimo de 136 pessoas. Nos demais períodos foram perdas atrás de perdas. De 1992 a 2017, 25 anos, perdemos mais de 2 mil pessoas. Este número representa quase 30% da população.
O IBGE destacou que quase 1/4 dos municípios brasileiros teve queda no número de moradores. Esta tendência ocorreu, principalmente, no grupo de cidades com até 20 mil habitantes.
Vale ressaltar que neste período analisado muitas famílias foram embora da cidade em razão da indenização da barragem de Itá. Mas a falta de emprego e expectativa de futuro pode ser a causa para muitos jovens estarem indo embora deixando para trás apenas as raízes. Estes dados apresentados pelo Portal de Marcelino não tem intenção de apontar dedos, mas sim de despertar a comunidade para uma realidade que está batendo em nossa porta há mais de 20 anos. A luz vermelha de alerta está acessa e algo é preciso ser feito para estancar e começar mudar os números que estão no gráfico abaixo. Daqui há 20 anos, qual será a nossa população? A resposta para este pergunta é complexa, mas merece reflexão e atitude.
Uma empresa nova e uma escola técnica faria a diferença. Nasci em Marcelino, eu e meu irmão, no início da década de 70, em 1978 saímos da cidade, meu pai trabalhava no posto fiscal e quis morar mais perto de POA. Sou apaixonada por essa cidade tão linda e tranquila.