A Marinha do Brasil, através da Delegacia da Capitania dos Portos com sede em Itajaí (SC), instaurou um inquérito que tem por finalidade investigar as causas e apurar as responsabilidades do acidente envolvendo um caminhão que afundou quando realizava manobras em cima da balsa. O acidente ocorreu no último dia 23 de março na balsa que faz a travessia do lago do Rio Uruguai entre os municípios de Marcelino Ramos (RS) e Alto Bela Vista (SC). Na ocasião um caminhão betoneira arrebentou a cerca de proteção da balsa, destruiu parcialmente o rebocador e afundou ficando submerso por mais de 4 dias.
Nesta quinta-feira (09) o Portal de Marcelino manteve contato com a Tenente Luana Vicente dos Santos, responsável pelo Departamento Jurídico e de Comunicação Social da Capitania dos Portos. Ela relatou o andamento das investigações e explicou como os trabalhos estão sendo conduzidos. Segundo ela todas as provas periciais e testemunhais, necessárias para elucidação dos fatos, já foram coletadas ao longo das últimas duas semanas. Os documentos foram anexados no inquérito.
Sobre o que teria provocado o acidente, ela informou que a causa determinante só será informada na conclusão dos trabalhos. Questionada se os depoimentos do motorista do caminhão e dos funcionários da balsa foram esclarecedores para a investigação, a tenente usou cautela. “Como dito, todas as provas já coletadas estão sendo analisadas e serão utilizadas para a elaboração do relatório final do mencionado inquérito” destacou a Tenente Luana.
Os profissionais da Marinha tem prazo de 90 dias para apresentar o laudo final, mas o mesmo poderá ser prorrogado por até um ano, conforme prevê as Normas das Autoridade Marítima.
Próximos passos
Segundo ela os próximos passos serão a análise de todas as provas coletadas, realização de diligências adicionais, caso necessárias, e, por fim, elaboração do relatório final do inquérito, o qual informará a existência de possível(eis) culpado (s) pelo acidente. Este inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo e, após, à Procuradoria Especial da Marinha, a quem compete o oferecimento da representação contra o “possível culpado”, que passará a ser denominado “representado”. Nesse momento, o inquérito é “transformado” em Processo, que tramitará junto ao Tribunal Marítimo, com a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa.
Fotos: Atual FM