O assalto à bancos em Machadinho rendeu a quadrilha mais de meio milhão de reais e pode ter sido praticado por elementos da própria região, ao contrário do que muitas pessoas estão imaginando. A investigação avança a passos largos e poderá ter desdobramentos positivos nos próximos dias em se tratando de elucidação do caso. A Polícia Civil, que conta com apoio da Delegacia Especializada de Investigações Criminais (DEIC), já encontrou indícios importantes que estão servindo para balizar o andamento dos trabalhos.
O delegado Rodrigo Dreier concedeu entrevista nesta terça-feira (10) falando sobre o andamento da investigação. O delegado disse que já foram tomados vários depoimentos de funcionários, testemunhas, clientes das agências bancárias, bem como analisadas várias imagens que mostram a movimentação dos assaltantes. O quebra cabeça aos poucos está sendo montado com as peças que estão sendo encontradas e já existem suspeitos na mira da polícia. Pela rapidez na fuga, a polícia acredita que os elementos conheciam bem a região. “Acreditamos que tenham elementos que atuem na região, que residam na região e elementos também de fora, mas eles tiveram auxílio de pessoas que conhecem bem a região” observou o delegado. A quadrilha, de acordo com fontes da polícia, teria fugido pela Capela Santa Catarina, sentido Maximiliano de Almeida. Outra parte, provavelmente pelo rio através de um barco ou bote de madeira que estaria dando cobertura.
Questionado se existem indícios significativos, o delegado revelou que existem suspeitos, mas momento os investigadores estão se preocupando com a robustez das provas para buscar uma eventual condenação dos envolvidos.
O delegado Rodrigo Dreier confirmou a nossa reportagem que a polícia conseguiu localizar uma pessoa na região com um ferimento suspeito. Durante o assalto, quando os bandidos deixavam o Banrisul, um policial trocou tiros com o elemento, atingindo um deles na perna. “Procede isso realmente ocorreu então é uma situação suspeita e a gente tá confrontando esta suspeita com outros indícios, com outros elementos, para que a gente consiga quem sabe vincular esta pessoa de uma forma mais eficiente aos fatos” finalizou ele.
O delegado não revelou mais detalhes para não atrapalhar as investigações. Do SICREDI foi levado R$ 120 mil e do BANRISUL R$ 380 mil. O caso está sob a responsabilidade do DEIC de Porto Alegre. Quanto aos elementos presos em Caxias, eles deverão ser inseridos no quebra-cabeça da polícia no andamento das investigações, se assim for necessário.
Ouça entrevista com o delegado: