Por muito pouco um agricultor do município de Marcelino Ramos não foi mais uma vítima de ocorrência envolvendo furto de gado. O caso que está sendo desembaraçado pela polícia foi registrado no início da tarde desta segunda-feira (11) na comunidade de Teixeira Soares, há cerca de 8km do perímetro urbano.
O agricultor Arlindo Schneider (Pálli) que estava com um rebanho pronto para ser entregue para compradores, estava suspeitando que sua propriedade estava sendo monitorada por ladrões. Nos últimos dias foram encontrados alguns indícios que levantaram a suspeita. Familiares e colaboradores chegaram se revezar para cuidar o gado no período da noite. Temendo ação dos ladrões o proprietário decidiu entregar o gado na manhã desta segunda-feira. Logo após os animais serem transportados, o proprietário foi para a cidade, quando por volta do meio dia e meio recebeu uma ligação anônima. Do outro da linha um homem, que não se identificava, comunicava que caminhões haviam entrado em sua propriedade e estavam se preparando para carregar alguns animais. De imediato a Brigada Militar foi acionada, através do Sargento Zen, que preparou uma ação estratégica, com apoio de viaturas de Marcelino e Viadutos, na tentativa de cercar os indivíduos que estavam em plena ação.
Abordagem
Pouco tempo depois de acionada a Brigada Militar localizou dois caminhões com placas de Machadinho e mais um outro veículo. Cinco pessoas foram detidas e encaminhadas a delegacia de polícia para averiguação dos fatos.
O delegado Rodrigo Dreyer tomou depoimento das cinco pessoas na tarde desta segunda-feira (11). Ele informou ao Portal de Marcelino que uma pessoa, a princípio já identificada por fotos, moradora de Marcelino Ramos, teria oferecido ao comprador de Machadinho o gado, se passando como proprietário dos animais. O comprador teria vindo ainda domingo à Marcelino Ramos para ver o gado que estava à venda. A negociação envolvia a venda de 22 cabeças avaliadas em R$ 20 mil. “A história a princípio teria fundamento, pois ele estava com o dinheiro” comentou o delegado. O homem de Marcelino, que estaria envolvido no golpe, pediu inclusive pagamento antecipado, mas o comprado disse que só pagaria depois de carregar o gado. Ele voltou a Marcelino e no início da tarde o “vendedor” o levou novamente até a propriedade em Teixeira Soares. Chegando no local o comprador exigiu a Guia de Transporte Animal (GTA). Neste momento, segundo o delegado, o “vendedor” teria enrolado o comprador e saiu a princípio para buscar o documento. Logo em seguida chegaram as viaturas da Brigada Militar conduzindo todos para a delegacia, menos o vendedor que não estava mais no local.
O delegado Rodrigo Dreyer disse que vai instaurar um inquérito para apurar o caso que a princípio se caracteriza como estelionato, na modalidade de ‘vender coisa alheia, como própria”. O homem que tentava vender o gado que pertencia a Arlindo Schnneider já foi identificado e deverá ser chamado no decorrer desta semana para prestar depoimento na delegacia.