Os camelôs e vendedores ambulantes foram os primeiros a chegar para a 80ª Romaria de Nossa Senhora da Salette que acontece neste final de semana em Marcelino Ramos. Com barracas improvisadas eles já ocupam todos os espaços colocados à disposição pela prefeitura municipal na rua Rui Barbosa e em frente ao Ginásio de Esportes da comunidade Evangélica. Para alegria dos consumidores que esperam o ano todo pela chegada da Romaria, e tristeza dos comerciantes que não conseguem combater os preços praticados no camelódromo, os camelôs vendem de tudo. De meias à celulares de última geração tudo é possível encontrar no “Paraguai” ao ar livre onde o que menos importa é a garantia e a nota fiscal, afinal os consumidores são atraídos pelo preço. Nas próximas 48h a cidade se transforma num misto de fé e comércio que caminham em extremos opostos, já que a maioria vem por aspectos relacionados à religiosidade e outros pela variedade de produtos à venda. Para quem quer ganhar dinheiro com a Romaria, tem até um ônibus que compra cabelo. A fartura no couro cabeludo pode render alguns reais.
Oferecer produtos e serviços aos romeiros é importante, além de ser lucrativo ao município. Mas talvez seja importante rever os locais de montagem das barracas, principalmente no caminho da procissão. É lamentável e triste ver a imagem de Nossa Senhora passando e ambulantes com música alta, gritando e oferecendo produtos.
Quem sabe deixar os camelódromos para as ruas secundárias e deixar o caminho da procissão livre para a oração e peregrinação.
Afinal se não fosse a fé em Salette, não haveria Romaria, nem romeiros e muito menos festa.