Marcelino Ramos teve muitos personagens lendários que estão imortalizados na memória das gerações mais antigas. Muitas histórias destes personagens geralmente passam de pai para filho, um processo cultural de transmissão de conhecimento que serve para manter viva nossas lendas.
O marcelinense Antônio Sergio Riede (Tonho) talvez não imaginasse que ao gravar um vídeo no ano de 1988 poderia contribuir em muito para a cultura local da cidade, eternizando através de imagens uma lenda de nosso município. Com uso de uma câmera ele conseguiu gravar um pequeno vídeo de um minuto e meio da famosa e eterna “Rosa Branca” que se chamava Laurentina dos Santos. Trata-se de uma marcelinense que marcou época para muitas gerações entre os anos de 60 e 90.
Crianças, e até adultos, corriam na porta para ver ela passar, sempre feliz e cantando pelas ruas, dando um exemplo de que felicidade não está em ter e sim no ser. Com galho de arruda na cabeça, preso a orelha, ela era uma das benzedeiras mais famosas da época. Molhava o galho no copo de água e ia curando enfermidades através da cultura popular. Quando a fome batia, ela cantava nas portas da casas em troca de comida ou mesmo dinheiro.
O vídeo foi gravado na rua José Bonifácio. Com elegância e com muita energia ela aparece cantando para duas crianças, uma mulher e mais o cinegrafista. Este vídeo pode ser considerado uma verdadeira relíquia. Rosa Branca faleceu em 1995 com 87 anos. Ela teve 4 filhos, sendo que dois ainda estão vivos: Jandira e Angelita dos Santos. Jandira mora em Marcelino Ramos no Vista Alegre. Há poucos anos “Rosa Branca” foi tema de uma reportagem do Portal de Marcelino. Leia a matéria clicando aqui.
Muito bom relembrar, parabéns ao amigo Marcelo por publicar resgates que alegram a todos Marcelinenses.
Marlo M. Siva
Sensacional! Rosa Branca… saudades de minha infância em Marcelino Ramos. Talvez eu erre os nomes. Mas à frente visualizamos a casa/bar/armazém/bodega do Seu “Gênio Zilago”, que mais tarde pertenceu à dona Dorivalda Trentini. Ao lado, a casa/bar/armazém/bodega da família Trentini. Eram pontos de encontro dos moradores da região para beber uma cachacinha…
Saí de Marcelino ainda criança. Certo dia voltei e dei uma passada no bar da Dorivalda. Os frequentadores quando me viram choraram… me lembro bem do Seu Daniel Provin às lágrimas. Foi muito gratificante. Jamais esquecerei aquela cena…
Parabéns, Tonho (canhotinho) por esse trabalho que, feito sem qualquer outra intenção, registrou para a posteridade um dos vultos históricos de Marcelino Ramos. Quando isso foi filmado nem sequer podia imaginar estar perpetuando (em áudio e vídeo) a história da cidade. Parabéns, mais uma vez Tonho, pela iniciativa. Parabéns, Marcelo, pela publicação.
Neri Biavatti
Radialista
Panambi – RS
Muito bom.
trabalhei nesta cidade em 1981, onde conheci diversos personagens.
Lembro muito bem dessa figura na cidade onde passei parte de minha infância. Saudades