A riqueza histórica e cultural de Marcelino Ramos é algo inquestionável, mas talvez ainda desconhecida para as gerações mais novas que nasceram num século dominado pela tecnologia. O Portal de Marcelino, com compromisso editorial de manter viva a história da cidade, leva seus leitores para mais uma viagem ao passado. Neste mês de maio nossa equipe de reportagem deu um giro pelo parque ferroviário manobrando em cima de um equipamento construído há mais de um século. Trata-se do Girador de Locomotivas, um dos raros exemplares ainda existentes na América Latina, que ainda sobrevive apesar da ação do tempo ao longo de mais de dez décadas.
Até o início dos anos 80 o equipamento servia para manobrar as locomotivas que faziam a linha São Paulo/ Rio Grande. Máquinas gigantes, puxando dezenas de vagões, eram levadas até o Girador. Em razão da tecnologia adotada, a base de rolamentos e um eixo central que controlava o centro de gravidade, as gigantes da estrada de ferro se rendiam a apenas um homem, que usando de uma barra de ferro fazia um giro de 360 graus. O Girador está localizado na cabeceira da ponte rodoferroviária, atrás da unidade do SAMU. “Tem que ser preservado essas partes faz parte da história da cidade de Marcelino Ramos eu vi muitas máquinas sendo giradas ai …ficou registrado na memória dos tempos de crianças” comentou Elvira Echterhoff, nas redes sociais.
Quem também fez questão de ressaltar a importância da preservação do patrimônio é o ex-ferroviário Luiz Jorge Uliniki, um apaixonado por trens e pela história. “Só pelo simples fato da engenharia da época, manejo e as habilidades dos operadores, se pode ter uma idéia do quanto era trabalhoso e eles sobreviveram a várias dificuldades, sem contar que trata-se duma construção da antiga EFSPRG meados de 1910”, observou ele.
O historiador marcelinense, Wilmar Rubenisch, lamentou que os órgãos responsáveis não se preocupam com este patrimônio. ” Certa vez eu fiz uma comparação da “família ferroviária de Marcelino Ramos” com a Família Real da Inglaterra, como a Estação sendo a rainha, a ponte, a princesa e o girador era o príncipe. Essa seria a Família Real Ferroviária de Marcelino Ramos. Disse, também, que a nossa Família Real Ferroviária estava muito doente e que o príncipe era o pior, o mais frágil, estava na UTI. Nenhuma entidade se preocupa com ele, nem sequer o IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, qu não fez nenhuma citação ao nosso Girador, no relatório sobre a história ferroviária de Marcelino Ramo, quando solicitamos a cedência do patrimônio à Prefeitura. Ele foi construído em 1913, quando as ferrovias eram estadual e tocado por 2 homens” concluiu Rubinisch.
No Rio Grande do Sul existem apenas dois, e um deles, orgulhosamente, está em Marcelino Ramos.
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VEJA abaixo como funciona um Girador. Vídeo gravado em Ouro Preto de um Girador semelhante. O existente em Marcelino era manual, sendo que este do vídeo é um equipamento mais moderno, que funciona com motor.
– Marcelo, certa vez eu fiz uma comparação da “família ferroviária de Marcelino Ramos” com a Família Real da Inglaterra, como a Estação sendo a rainha, a ponte, a princesa e o girador era o príncipe. Essa seria a Família Real Ferroviária de Marcelino Ramos. Disse, também, que a nossa Família Real Ferroviária estava muito doente e que o príncipe era o pior, o mais frágil, estava na UTI. Nenhuma entidade se preocupa com ele, nem sequer o IPHAN-Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, qu não fez nenhuma citação ao nosso Girador, no relatório sobre a história ferroviária de Marcelino Ramo, quando solicitamos a cedência do patrimônio à Prefeitura. Ele foi construído em 1913, quando as ferrovias eram estadual e tocado por 2 homens.
Excelente seu comentário Wilmar. A grande maioria das pessoas da região não sabem da existência deste Girador. Uma peça tão importante quanto a ponte. Realmente o descaso com este patrimônio nos deixa tristes. Um baita de um mecanismo.
Seria interessante enfatizar que os giradores eram necessários na época do vapor, pois as locomotivas desse tipo não eram projetadas para rodar de ré, coisa que as diesel podem fazer. Este o motivo desse tipo de equipamento ter caido em desuso. Mas no caso de Marcelino ele se justifica, pois as locos que aí operam são a vapor. No caso dos passeios Marcelino-Uruguai (os “tiro-curto”) seria ainda mais interessante, pois Uruguai tem um triângulo de reversão e as duas pontas estariam aptas a girar as locomotivas. O impacto visual onde se tem giradores como o de Marcelino, é muito interessante, as pessoas ficam sempre fascinadas por essa operação.
Quantas vezes fomos brincar neste equipamento que fica perto do Antigo Matarazzo, que na época comprava Porcos para mandar para SP pela Estrada de Ferro.
Quantas Máquinas fizeram a rotação neste equipamento, mesmo as a Diesel, onde os Operadores gostavam de Circular com a Cabine para frente.
Jorge Stringhini
Osasco – SP
Quem lugar e este no Sul?????
Aguardando resposta
Marcelino Ramos ,Rs divisa com Santa Catarina!!!
nossa bem que marcelino ramos a secretarias deveriam dar mais valor ,isso tem uma historia ,tao interresante isso e um historico ,pena que esta tudo jogado e nimguem ve isso estao tudo acomodado e triste ver isso ,isso aparece porque a midia mostra a imprensa ,parabens marcelo ,por coisas interresantes e que marcaram epocas.
TIVE O PRAZER DE RESIDIR POR LONGOS 06 ANOS AO LADO DO GIRADOR EM UMA CASA DA RFFSA ONDE TRABALHEI COMO AGENTE DA ESTAÇÃO DE M. RAMOS HOJE RESIDO EM CARAZINHO.
O outro girador desses fica na cidade de Jaguarão, na divisa com o Uruguai, bem do ladinho da Ponte Internacional Mauá.
Caríssimos Sr.! Qual seria o diâmetro do girador ou seja quantos metros de comprimento e profundidade? Muito obrigado pela atenção! Antonio Carlos Da Silva.
Caríssimos Srs.! Qual o diâmetro do girador ou seja qual é o comprimento? E a profundidade?