Marcelinense que já atuou em hospitais como Sírio Libanês e Albert Einstein é professora na África

    Por onde andam os filhos de Marcelino Ramos? O Portal de Marcelino abre esta semana uma série de reportagens com marcelinenses que deixaram nosso município em busca da realização profissional em outros Estados e até mesmo Países. Pessoas que ocupam as mais diversas funções em empresas e órgãos públicos e que apesar da distância não esqueceram das suas origens. O tempo passa, novas gerações vão tomando conta das ruas e nossa intenção é manter viva a história de pessoas que até pouco tempo conviviam diariamente com nossa gente.

   Nesta primeira reportagem da série convidamos nossos leitores internautas para uma viagem virtual até a África do Sul. Um continente localizado há cerca de 8 mil quilômetros de distância do Brasil onde predomina uma grande diversidade cultural e social. Cercada por desafios e vivendo uma experiência inesquecível de vida está Gracieli Zanotelli. Filha de Libes Kufner e Dirceu Afonso Zanotelli ( in memoria), Gracieli é professora no curso de Fisioterapia na Universidade  de Jean Piaget em Angola,  uma cidade com 19 milhões de habitantes. Formada em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria em 1999, com pós-graduação em intensivismo fisiocardio em São Paulo, Gracieli é responsável por ministrar aulas em quatro disciplinas para uma turma com 180 alunos. “é uma realidade bem diferente do Brasil, eu dou aula numa sala que é praticamente um anfiteatro” disse Gracieli ao Portal de Marcelino.

  A marcelinense formada pela UFSM e pós-graduada em São Paulo, levou para a África do Sul muita experiência na área em que atua. Em 2006 ela ficou 8 meses em Toronto (Canadá) em um hospital que é referência em reabilitação respiratória. Após retornar ao Brasil foram mais 6 anos atuando nas UTIs dos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein em São Paulo. Em 2012, com a transferência profissional do namorado para África do Sul, ela decidiu acompanhá-lo assumindo um grande desafio de lecionar numa universidade privada localizada num país marcado por muitos problemas sociais e pobreza extrema. A meta é retornar ao Brasil em 2014. Aos poucos ela vai se adaptando ao ritmo e a cultura Africana: “O bom é que eles morrem de paixão pelo Brasil e tem muito interesse em saber como são as coisas aqui. É um povo muito simpático e isso ajuda”. 

  Gracieli Zanotelli se formou em 1997 no curso de magistério em Marcelino Ramos e fez questão de ressaltar que o curso a ajudou muito na sua carreira profissional. Na Universidade em que ela leciona em Angola são apenas 2 professoras brasileiras.