De meias a equipamentos de informática. De tudo é possível encontrar em pouco mais de um quilômetro da rua Independência, principal via da Romaria de Nossa Senhora de Salete. Nesse ano, mesmo com a forte fiscalização por parte do município, ambulantes dos mais diversos cantos do Brasil comercializavam e insistiam em vender os seus produtos, utilizando das mais diferentes estratégias, seja a voz, sirenes ou ainda a insistência. Conhecida no Rio de Janeiro, por ser um feira onde encontra-se de tudo, a Feira de Acari, mudou de lugar e chegou a Marcelino Ramos. A pergunta que se faz é, se o comércio pode superar a fé?
Os hinos de louvor e fé, que se espalham pelo sistema de som pelo trajeto da romaria, se confundem com os gritos e ofertas. Um dos fatos que mais chamou a atenção foi quando a imagem de Salete passa por um determinado local na Rua Independência e um grupo de peruanos entoavam músicas de Roberto Carlos… “Esse cara sou eu…”.
Em alguns casos, romeiros pediam para que os ambulantes abaixassem o som e pelo menos respeitassem a passagem da imagem. Em outro trecho, no início da subida do santuário, outro ambulante gritava… “Capa de Chuva, a cinco reais”, sendo que algumas horas antes o mesmo senhor insistia em vender medalhinhas de Saleta a um real.
Durante toda a Romaria, uma equipe de nove fiscais da Prefeitura de Marcelino, coordenados pelo Fiscal Joel Teribile e com o apoio da Brigada Militar tentavam coibir os abusos, porém o número de ambulantes e a sua insistência acabava tornando a tarefa ainda mais difícil. Uma leitura superficial de aspectos básicos, mas que precisa ser alvo de reflexão.
Além de tudo produtos de péssima qualidade…uma afronta ao consumidor que chega em casa e se depara com o defeito oculto